As vendas de motos no atacado, aquelas feitas das fabricantes às concessionárias, atingiram em agosto 120,9 mil unidades, resultando em crescimento de 7% sobre julho. Na soma dos oito meses, no entanto, as 950,7 mil unidades repassadas à rede registram volume 9,6% menor que o de igual período de 2013. Os dados foram divulgados pela Abraciclo, entidade que reúne fabricantes de motos e bicicletas instaladas em Manaus.
A produção de motos em agosto atingiu 129,8 mil unidades, resultando em queda de 4,2% ante julho. No acumulado do ano, o total fabricado foi de 1.034.885 unidades, resultando em queda de 7% no confronto com o período janeiro-agosto do ano passado.
As exportações no oitavo mês de 2014 somaram 9,5 mil motocicletas, registrando alta de 26,7% sobre julho. O total do período janeiro-agosto foi de 62,5 mil unidades, recuo de 8,5% em relação aos mesmos meses do ano passado. Por causa da sobretaxação da Argentina às motos que importa, o Brasil espera queda de 29,1% nas vendas externas. Em relação aos emplacamentos, agosto foi o segundo pior mês de 2014, superando apenas junho, o período mais impactado pelo efeito Copa do Mundo (veja aqui). No acumulado do ano, o volume de motos licenciadas ficou pouco acima de 950 mil unidades.
A baixa média diária de emplacamentos no oitavo mês, cerca de 5,3 mil motos, preocupa a Abraciclo: “Os resultados ficaram abaixo das expectativas, com as vendas no varejo (motos novas licenciadas) muito inferiores à média diária prevista de 6 mil unidades. Isso mostra que as recentes medidas de estímulo anunciadas pelo governo federal ainda não repercutiram no mercado (…) Vamos aguardar os resultados efetivos dessas medidas para setembro, para que o mercado ao menos retorne aos níveis habitualmente verificados no segundo semestre”, afirma o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian. Segundo o executivo, as vendas também estão afetadas pela seletividade na concessão de crédito.
Fonte: Automotive Business